martes, 22 de septiembre de 2009

Paixão até que a morte - dela - os separe

Quando eu morresse, eu queria que a gente já não se amasse mais. Quê? É, assim, tivesse dado tudo o que tinha pra dar, sabe. Que a gente não se gostasse mais como se gosta hoje. Que você estivesse aberto para novas possibilidades e lembrasse de mim com carinho e sem dor. Mas por que você diz isso? Porque é verdade. Eu queria que durante a vida eu e você pudéssemos tirar de nós todo o suco, e que antes de eu ir embora, só restasse o bagaço. Tão romântico para o momento. É, mas é romântico. Eu digo porque eu amo você. E me amo, também. Eu não queria que você sofresse com a impossibilidade da vontade abortada. Eu queria que não houvesse mais vontade, por não haver mais possibilidade. E também, enquanto houvesse possibilidade, houvesse muita vontade. Entendeu? Entendeu o meu amor, a minha paixão? Entendi. Então vem pra cá, dorme comigo.

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