domingo, 8 de febrero de 2009

Maravilhas da minha casa, na infância

Quando eu era menor, eu achava muitas coisas fascinantes. Por exemplo, eu gostava de ver o cordão umbilical dos peixes. Depois, passei a notar que eles ficavam maiores em peixas barrigudas, as peixas grávidas, e achava que era um cordão umbilical dos peixinhos no útero da mãe, que queriam fazer contato com o aquário. E ali eu passava tempos, na minha vã filosofia, até que eu falei com algum adulto de me disseram “é cocô, Nina.”

Desilusão.

Outra coisa que também me fascinava eram as fadas, que ficavam visíveis no raio de sol, que entrava, de tarde, pela janela do quarto da minha mãe. Eram muitas, branquinhas, com asas simétricas, voando graciosamente em torno de mim. Sendo mostradas pela luz que entrava, como uma projeção de cinema no chão do quarto. Às vezes eu parava o dever de casa para olhar aquilo ali, aquela dança de fadas, até que um dia me disseram ou- sei lá - conclui, que era apenas poeira.

Mais uma desilusão.

É incrível como as coisas podem não ser o que parecem, ser mais bonitas, se você olhar para elas de um jeito inocente.

1 comentario:

Lee dijo...

O problema hoje em dia é olhar de forma inocente quando tudo leva a ver as coisas de uma forma não-inocente. Quando era criança eu pensava que os ventos se moviam com a força do meu pensamento, hoje eu sei que essas massas de ar se deslocam sozinhas.^^'
Desilusão, de um jeito ou de outro.
Beeeeeijo, Nina!=***