A Gioconda se transformou em um polvo, de oito tentáculos. A Gioconda fazia 8 vezes mais, tudo naquele mar. Ela estava fazendo tudo ao mesmo tempo, apertando a mão de conhecidos, tirando meleca do nariz, acenando olá e adeus, passeando com cachorros-marinhos e segurando um livro, enquanto isso.
A Gioconda não estava muito feliz, a não ser pela meleca do nariz, pelo livro e pelos cachorros-marinhos. Acenar olá e adeus pareciam coisas muito diferentes para se fazer ao mesmo tempo. Ela conhecia muita gente, agora, e apertava a mão de todos, mas não conseguia usar dois tentáculos para abraçar, achando que usar dois para fazer uma coisa é desperdício, quando um só já resolve um problema.
Daí passou um barco. A turbina arrancou seis dos oito tentáculos da Gioconda-do-mar. Gioconda ficou só com o tentáculo do livro e o da meleca. Foi-se tudo embora. Os conhecidos, aterrorizados pelo tentáculo amputado; os adeus e os olas; até os cachorros-marinhos saíram em disparada.
Mas como aquilo não era real, era só um sonho, Gioconda resolveu que, tendo um tentáculo para tirar a meleca do nariz, assoá-lo, e pentear seus cabelos de polvo, estava bem. E a mão do livro, ela poderia usar para dizer adeus e olá, cada um a seu tempo, cada um com seu cuidado.
A Gioconda acordou e viu que ela tinha, mesmo, duas mãos para fazer o que era preciso. E desejou ter apenas dois braços, para fazer uma coisa de cada vez. E foi com eles que ela abraçou o seu cachorro, que nunca fugiu dela. Só do banho, depois do passeio matinal.
A Gioconda não estava muito feliz, a não ser pela meleca do nariz, pelo livro e pelos cachorros-marinhos. Acenar olá e adeus pareciam coisas muito diferentes para se fazer ao mesmo tempo. Ela conhecia muita gente, agora, e apertava a mão de todos, mas não conseguia usar dois tentáculos para abraçar, achando que usar dois para fazer uma coisa é desperdício, quando um só já resolve um problema.
Daí passou um barco. A turbina arrancou seis dos oito tentáculos da Gioconda-do-mar. Gioconda ficou só com o tentáculo do livro e o da meleca. Foi-se tudo embora. Os conhecidos, aterrorizados pelo tentáculo amputado; os adeus e os olas; até os cachorros-marinhos saíram em disparada.
Mas como aquilo não era real, era só um sonho, Gioconda resolveu que, tendo um tentáculo para tirar a meleca do nariz, assoá-lo, e pentear seus cabelos de polvo, estava bem. E a mão do livro, ela poderia usar para dizer adeus e olá, cada um a seu tempo, cada um com seu cuidado.
A Gioconda acordou e viu que ela tinha, mesmo, duas mãos para fazer o que era preciso. E desejou ter apenas dois braços, para fazer uma coisa de cada vez. E foi com eles que ela abraçou o seu cachorro, que nunca fugiu dela. Só do banho, depois do passeio matinal.