Não haverá mais sorrisos à porta
A espera, ela encostada, o sorriso recíproco. Tudo isso já se foi.
Agora o que lhes espera é a casa.
Talvez o cão.
O cão sentirá falta dela, talvez mais do que você.
Mas você sentirá falta do sorriso e da espera na porta
Do abraço, da comida e da casa,
Dos cheiros e do sofá.
Sentirá falta dos domingos partilhados, dos dias de semana
Sentirá.
Falta da porta e do sorriso, abertos,
Ao abrir a própria porta, com a própria chave
E bater apenas à sua porta.
jueves, 30 de julio de 2009
domingo, 19 de julio de 2009
Souvenir cotidiano
Amanhã é o dia do amigo. Eu sou nômade, e não me apego. Aliás, apego. Temporariamente. Mas desapego quando preciso. Mas as coisas eternas são fortes, e o que fica de verdade, fica. Amanhã é o dia do amigo e eu tenho muitos deixados pelo mundo. A amizade não é a mesma, o contato, tampouco. O cotidiano mudou, as pessoas mudaram, pensamentos, modas, cidades, gostos. Mudou tudo.
Mas o momento congelado e bom ficou. E ele poderia ser retomado com muitos que ficaram pelos meus caminhos. Com novas óticas, novas coisas. Eles provavelmente não serão retomados, porém. Agradeço os antigos, sua contribuição para a minha vida. Lembro-me deles com carinho, de nossos momentos. Gostaria de ter escrito em outros 20 de junho e dizer a eles nesse dia quanto os amava. Mas eu devo ter dito, em outros dias de junho, de agosto, de abril. No natal, nos aniversários. Em dias de semana, de aula, de chatice. Fico feliz por não ter deixado de amá-los, e de dizer, e de demonstrar. O momento passado e vivido foi o importante.
Então, vivendo o hoje, eu agradeço pelos amigos cercanos, os amigos cotidianos. Os meus amigos atuais. Pelo que eles me dão e pelo que me deixam dar. Digo, porém, que não deveria haver data de amizade. De redenção, de reviravolta para ela. "Natal da amizade". Não. A amizade tem que ser conquistada a cada dia, vivida, relembrada, curtida, elaborada. Amizade não tem data comemorativa no varejo, não tem presentão. Ela é feita de presentinhos e lembrancinhas. De souvenirs, que em francês são lembranças e em português, lembrancinhas. É nesses souvenirs que a amizade se constrói.
Esse texto é um souvenir para agradecer a amizade de quem sabe e lerá.
Obrigada por estar na minha memória, mesmo que as coisas mudem, vocês ficam.
Porque souvenir a gente guarda com carinho, que são lembranças de lugares e tempos felizes. E vocês são tempos felizes.
Nina.
Mas o momento congelado e bom ficou. E ele poderia ser retomado com muitos que ficaram pelos meus caminhos. Com novas óticas, novas coisas. Eles provavelmente não serão retomados, porém. Agradeço os antigos, sua contribuição para a minha vida. Lembro-me deles com carinho, de nossos momentos. Gostaria de ter escrito em outros 20 de junho e dizer a eles nesse dia quanto os amava. Mas eu devo ter dito, em outros dias de junho, de agosto, de abril. No natal, nos aniversários. Em dias de semana, de aula, de chatice. Fico feliz por não ter deixado de amá-los, e de dizer, e de demonstrar. O momento passado e vivido foi o importante.
Então, vivendo o hoje, eu agradeço pelos amigos cercanos, os amigos cotidianos. Os meus amigos atuais. Pelo que eles me dão e pelo que me deixam dar. Digo, porém, que não deveria haver data de amizade. De redenção, de reviravolta para ela. "Natal da amizade". Não. A amizade tem que ser conquistada a cada dia, vivida, relembrada, curtida, elaborada. Amizade não tem data comemorativa no varejo, não tem presentão. Ela é feita de presentinhos e lembrancinhas. De souvenirs, que em francês são lembranças e em português, lembrancinhas. É nesses souvenirs que a amizade se constrói.
Esse texto é um souvenir para agradecer a amizade de quem sabe e lerá.
Obrigada por estar na minha memória, mesmo que as coisas mudem, vocês ficam.
Porque souvenir a gente guarda com carinho, que são lembranças de lugares e tempos felizes. E vocês são tempos felizes.
Nina.
Suscribirse a:
Entradas (Atom)